Comenda "Causas Imortais" -agraciada pela Academia de Letras do Brasil ALB- ao
Comendador Luiz de Carvalho Pádua
08 junho 2013
05 junho 2013
Na Sombra da Desilusão
Luiz Pádua
Meus sonhos se desvaneceram
Vivo nos vales
cinzentos da amargura
Mais uma ilusão perdida
Mais uma esperança que não dura
Continuo tateando sem rumo
A procura da porta da felicidade
Pois o mundo não perdoa
Só esbarro em falsidade
Desisto e sigo em círculos
Hei de achar esse
amor
Que aparece e desaparece
Só fica o torpor
Somente lágrimas, apenas dor
Quão distante sinto o perfume da flor
Cabeça de Poetas
Cabeça de poetas terra de sonhos
Amor, fé em escassez, gritos de gente
Dramas e tragédias numa crescente
Não há quem aguente
Mundo, vida, terra e lua apagada
Nas necessidades da vida, música, paz e amor
Traições e frustrações fé dispensada
Noites de tristezas e de dor
Quanta coisa sem nexo, quanta confusão
Ninguém entende mais nada
Silencia para não blasfemar só resignação
Passo correr em disparada
Não quero teus beijos atoa
Nem quero teus abraços
Quero apenas um barco sem proa
Navegar sempre só sem ilusão
Esquecer teus beijos
que feriram meu coração.
A Criança Cresceu
Luiz Pádua
A criança cresceu e o sorriso apagou
Daquela criança nada restou
A criança cresceu e o sorriso apagou
Daquela criança nada restou
O que adianta sorrir, sofrer, ou
lamentar
Se a criança que tinha dentro da
gente
Cresceu, cercou-se de malícias,
Ficou egoísta e buliçosa
O que adianta contestar ou
protestar
Se a gente não pode recomeçar...
A gente vai sonhando num crescente
Para, olha para trás vê o que ficou
Quanta saudade que a gente sente
A gente que chegou num berço
chorando
Sai da arena deixando a luta
sonhando.
Quanto mudou a gente
NÃO HÁ QUEM AGUENTE!!!
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