Caminho com o vento da sensatez
Com um poema sempre à mão
O sol é causticante maltrata-me de vez
Por que não procurar sombra então?
Qual nada...
Há muita coisa a fazer
Nada de olhar o sol se repartindo
Nem de nuvens se abrindo
Eu não vou pelo mesmo caminho
Nem vou como ele vai
Vou-me antes que a noite cai
Eu sei aonde vou
Vou sorrir, vou amar, vou poetar
Por quê?
Porque sim!
Vou caminhar com o vento
Ou contra o vento se precisar
Sem lenço sem documento
Eu vou
Por quê?
Porque sim!
Por que não?
Ora bolas!
Não sabe então?
Não importa
Lá vou eu.
(Luiz de Carvalho Pádua)
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