UMA SEXTA-FEIRA BRAVA
(Luiz Pádua)
Como
representante comercial, eu viajava por todo o Brasil e outros paises vizinhos,
como Bolívia, Paraguai, até à fronteira da Argentina.
Era
uma Quinta-feira da “semana santa” quando tomei o trem da Paulista em São Paulo
com a intenção de trabalhar no Estado de Mato Grosso. Geralmente quando eu
fazia esse itinerário, iniciava o meu trabalho pela primeira cidade do Estado,
que era Três Lagoas, divisa com São Paulo.
A
E. F. Noroeste iniciava sua linha em Bauru até o final, que era Corumbá
na divisa com a Bolívia. Era uma viagem com mais de dois mil quilômetros
aproximadamente, mas até Tres Lagoas, apenas uns novecentos kns. Outras vezes
eu comprava uma passagem aérea para rodar o Mato Grosso todo, fazendo escalas
em quase todas cidades, e a minha primeira escala de trabalho sempre era em
Três Lagoas.
O trem da
Paulista saiu de São Paulo às oito e meia da manhã e chegou em Bauru lá pelas
duas horas da tarde. Era um trem de luxo com janelas cerradas e ar
condicionado. O carro restaurante era bastante requintado dava prazer fazer uma
refeição ali. Lá pelas onze horas a fome já me alertou para almoçar. Fui até ao
restaurante e pedi um filé com fritas e arroz. Saboreei com bastante apetite
enquanto tomava uma cerveja.
Chegamos em
Bauru às duas e meia, conforme horário previsto. Peguei minhas malas e guardei no “guarda
volumes” da estação para dar umas voltas pela cidade, pois o trem da Noroeste
só sairia às sete horas da noite. Não era um trem de bitola larga, e a viagem
também não era confortável sacudia mais que um cavalo de rodeio. O trem
levantava muita poeira pelos vagões de passageiros, inclusive no carro
restaurante, motivo pelo qual não gostava de fazer refeições nesse trem, obviamente
pela falta de higiene; era o oposto da Paulista.
Depois
de uma viagem cansativa e desconfortável, chegamos na Estação de Três Lagoas, e eu em particular,
estava com uma fome do diabo. Já passava
das duas horas da manhã. Fui direto para o Hotel e peguei um quarto. Mas o que
eu não contava era essa fome louca que não parava de me atormentar. Mas de
madrugada certamente não haveria nenhum restaurante aberto na cidade e o jeito
era tentar dormir, descansar e no dia seguinte saborear um bom café da manhã e
mais tarde um bom almoço.
Ao chegar no
quarto já tirei a roupa e me estiquei na cama. “Aí que gostoso”... Com a
canseira que eu estava por estar viajando o dia todo e quase uma noite inteira
num trem sem conforto, sentia-me mesmo daquele jeito: com sono, cansado e com
fome.
Acordei no dia
seguinte já era quase nove horas. Depois de um bom banho senti-me revigorado e
fui até ao salão de refeição para tomar o café da manhã. Tomei café preto sem o
tradicional café com leite. Em um pratinho separado, um pão com a manteiga já
passada nele. Não gostei muito, mas enfim, a minha fome dispensava qualquer
formalidade. Ao dar a primeira mordida no pão, notei o gosto estranho de
margarina. Mais que diabo! Não gosto de margarina. Chamei o garçom e reclamei
com ele que aquilo que estava no pão era margarina e não manteiga, e se ele não
tinha manteiga porque eu não comia a “dita cuja”, simplesmente a detestava. “Só o cheiro dela me repugna”; falei. O
garçom me disse que todos os pães estavam com margarina, não tinha manteiga. Aí
eu pedi a ele se era possível trazer-me o pão puro sem passar nada. Ele me respondeu
que não seria possível, visto que todos os pães já estavam prontos para serem
servidos; disse-me ainda que o café da manhã era servido só até às nove horas
e, como já passava do horário, ele estava me servindo o café por uma cortesia
de sua parte. Eu fiquei quieto, nada respondi, mas pensava lá por dentro: ”café
igual a esse seria melhor ele enfiar no... nariz ou em qualquer lugar.” E não
servir aos hóspedes. Comecei a ficar nervoso e gostaria de falar umas boas para
ele, mas me contive. “Não vá arrumar confusão logo cedo, moço”. Levantei-me da mesa e saí.
A minha
barriga não parava de roncar e a fome aumentava cada vez mais. Sai e fui dar
uma voltinha para tomar café e comer algo até sair o almoço, mas na rua não se
via nem uma viva alma. Tudo fechado, bares e restaurantes.
Muito bem, era uma sexta-feira santa e eu
havia me esquecido dos dissabores desse dia. Ainda mais que a cidade é
localizada pertinho do Rio Paraná. “Já desvendaram o enigma”?
Até
que chegou o horário do almoço; eu fui um dos primeiros a ir para a sala de
refeições.
Chegou
o meu almoço: arroz, salada e peixe. Chamei a moça e perguntei a ela se era só
aquilo que estava na mesa. Ela sacudiu a cabeça dizendo sim. Então pedi a ela
que passasse um bife de boi para mim como extra, e se não tivesse carne, podia
ser uma omelete de presunto e queijo, porque eu não comia peixe.
Ela
deu-me uma olhada meio desconfiada, foi até à cozinha e voltou dizendo-me que
não tinha carne, nem ingredientes para omelete. Então o que eu vou comer, disse
a ela. Ela apenas levantou os ombros e saiu. Como se eu fosse obrigado a gostar
de peixe, gozado, não? Aí, em tom de protesto, pedi a minha conta e disse que
não ia almoçar e que eu iria para outro hotel. Quando veio a conta notei que
cobraram o almoço. Fechei a cara e
disse: “que almoço é esse, por acaso eu
almocei”? Só pago o quarto. Paguei e não falei mais nada. Peguei minhas malas e
fui para outro hotel, o qual se localizava bem perto dali, apenas duas quadras. Ainda bem que havia outro hotel na cidade, mas só havia dois. Quem sabe no outro eu posso
fazer uma refeição decente...
Ao chegar ao Hotel pedi um quarto e
ao mesmo tempo perguntei qual era o cardápio do almoço: o dono respondeu-me que
a mistura era peixe. Perguntei a ele se havia outro tipo de mistura, porque eu
não comia peixe. Ele disse que fora peixe não havia mais nada: ainda por cima
me falou: “você está esquecendo que hoje é sexta-feira santa”? Ai, ai, ai ai,
ai; a raiva começou a subir à minha cabeça, mas me controlei; “sabe por que”?
“Lá por aqueles lados é perigoso, aquela gente para matar não pensa duas
vezes”.
Depois
disso, eu disse a ele que ia dispensar o quarto, pois mudei de idéia e, ao
invés de passar aquele dia na cidade, eu ia tocar para Campo Grande e ao mesmo
tempo perguntei se podia guardar as malas no Hotel até a hora do trem. Ele me respondeu que sim, mas com uma cara de
poucos amigos.
A minha ideia era ir a algum restaurante da
cidade. Perto dali existia uma praça, onde havia vários bares e restaurantes, mas não sabia de havia
algum aberto.
Sai e fui a procura de um restaurante. Quando
o avistei com as portas abertas, meus ânimos se afloraram e uma satisfação
incontida tomou conta da minha triste figura.
Era uma
lanchonete grande e bem sortida. A minha raiva anterior sumiu como se nada
houvesse acontecido. Aí a fome apertou ainda mais, talvez por sentir que eu
estava próximo a um restaurante... Mas ao adentrar na lanchonete, senti logo um
cheiro de peixe, o que já não me agradou. Na lanchonete não havia ninguém,
estava completamente vazia, a não ser o dono e empregadas.
Depois
que entrei, dei uma olhada no balcão frigorífico; notei que era bem sortido;
no balcão havia carne, presunto queijo e tudo mais.
Enquanto
olhava o balcão chegou uma moça para atender. Eu estava bem animado, mas para não complicar as coisas, pedi um sandwiche de presunto, queijo, e ovo no capricho; ah! Se tiver bacon pode
acrescentar também, não importava o preço. Antes disso, traga-me uma boa “cerva” bem gelada enquanto
aguardo. Depois dos pedidos, meus dedos batiam no
balcão como sinal de contentamento.
A garçonete pasma fitou-me como se eu
estivesse fora do meu juízo e quis saber de que lugar eu estava vindo. ”Por
que”? Perguntei. “Ora, pelo amor de Deus, moço, hoje não é dia de comer carne,
é sexta-feira da paixão”. Respondi em seguida em tom de brincadeira: “estou
vindo do inferno”! "Olhe, moça, eu estou com fome e se você me fizer um bom
sanduíche de presunto, prometo nunca mais comer carne na sexta-feira da paixão,
pode ser”? Ela saiu em direção do homem que estava no caixa; notei que enquanto
ela falava, o homem me olhava de longe, com cara de demônio. Um mal
pressentimento tomou conta do meu ser.
Ela
voltou com uma cara de “colombina apaixonada”, aproximou-se e disse-me que infelizmente o patrão não
autorizou.
Levantei-me do
banco em que eu estava sentado, com uma cara de “satã” querendo matar qualquer
um, e falei: “Olha aqui moça, onde estamos nós, aqui não é Brasil, ou estou noutro país de merda... O que vocês
estão fazendo é caso de polícia, isso não passa de uma discriminação religiosa;
vocês não podem me obrigar a comer peixe, para satisfazer suas paixões religiosas; isso é chantagem; saibam que eu posso
processar o proprietário por discriminação, mas não vou perder tempo”. “Todos daqui são uns
fanáticos; não sou contra nenhuma religião, sou contra é de toda essa ignorância e fanatismo religioso”.
Saí dali a toda pressa e fui a outra lanchonete. Ao adentrar, o estabelecimento, um homem mal encarado veio ao meu encontro e perguntou-me o que eu queria. Fui logo dizendo que eu estava com fome e que não comia peixe, se podia me fazer um sanduíche de qualquer coisa menos peixe. Já não exigi mais nada só queria comer, menos peixe. A resposta dele foi bem amável: “Infelizmente só temos peixe e nada para sanduíche”. Eu respondi a ele: “Já entendi”.
“Que
diabo, como é que eu fui cair numa cidade errada, num dia errado”? “Ainda mais
sendo acostumado em São Paulo, onde você come o que quiser no momento em que
quiser e no dia em que quiser”...
Acontece
que na semana santa da Igreja eu sempre ficava em São Paulo, nunca viajava,
porque é uma semana em que o comércio não funciona muito bem; muitos comerciantes
aproveitam para viajar. Então eu sempre tirava esses dias para descansar em São
Paulo, pois Lá, ninguem interessa saber que dia é hoje, se é sexta-feira da
paixão, se é Natal, ou ano novo. Cada um cuida de sua própria vida, ninguém tem
tempo para pensar nessas frescuras.
Mas a verdade de tudo é que eu não sabia onde
estava com a cabeça, quando na última hora resolvi fazer aquela viagem estúpida
para aproveitar o final de semana com a namorada em Cuiabá. Meus planos eram trabalhar em Três Lagoas
para ficar livre daquela cidade, e em Campo grande pegaria um avião para
Cuiabá. “Me dei mal”. Por que não peguei o avião direto para Cuiabá? Nunca
mais! Quem está vivo sempre aprende.
Saí
capengando, enquanto remoia os miolos à procura de uma nova idéia.. O dia estava quente, tremendamente quente.
Minha cabeça latejava e rodava. E lá fui eu me arrastando – para onde? Refletir
tornou-se para mim um esforço superior às minhas forças. Sabia que estava às
voltas com um problema, mas já nem lembrava qual era. Só sabia que era qualquer
coisa relacionada à peixe.
Cheguei numa praça onde havia vários bancos para sentar e fontes de água para beber. Bebi até me sentir estufado, depois me esparramei num banco protegido pela sombra de uma árvore. Ouvi duas crianças que brincavam por ali falando: “Olha que homem engraçado”. Eu concordei; naquele momento eu era um homem engraçado mesmo, faminto, com dinheiro no bolso e sem poder comer algo a não ser peixe. Depois de refrescar a cabeça, as coisas começaram a clarear. Levantei-me capengando e tonto de fome. Pensei em voltar no hotel e comer apenas arroz com feijão. Isso mesmo! Arroz com feijão. Voltei ao Hotel, já um tanto humilhado e perguntei ao dono se ele podia me preparar qualquer coisa sem ser peixe, por exemplo: “arroz com feijão e ovo já quebrava o galho, mas se não tivesse ovo, não haveria nenhum problema”. O homem me respondeu que sentia muito, mas não tinha mais nada. O horário de almoço já havia terminado.
Não! Isso
já está se tornando uma perseguição contra minha pessoa, me parecia que toda
essa gente havia combinado para me forçar comer peixe. Tudo isso porque eu
queria comer carne e não peixe. Não me conformei e acabei brigando com o dono
do hotel.
Voltei à
praça e sentei num banco bem em frente a uma sorveteria, onde várias garotinhas
saiam lambendo um sorvete, Aquilo me aflorou a ideia de chupar um sorvete. Fui à sorveteria e comprei
o maior sorvete que havia por lá e sai comendo-o não chupando. Eu tive a
impressão que comia um pedaço de carne...
Nessa altura já passava das
duas horas da tarde. Voltei ao Hotel e peguei minhas malas e sai em direção à
estação do trem. Lembrei que às sete horas da noite passava um trem com destino
à Campo Grande, o que me trouxe um pouco de alívio. É isso mesmo, nem lembrava
mais que eu não precisava ficar naquela cidade e podia zarpar rumo à Campo
Grande.
Havia um trem às sete horas da
noite que chegava em Campo Grande às sete horas da manhã; Eu podia pegar um
avião para Cuiabá. Porque não pensei nisso antes? No carro restaurante do trem
sempre tem algo para se comer, é só conversar com o cozinheiro e ele me arranja
um bom bife com arroz e ovo.
Fui
até à estação e guardei minhas malas para ficar com as mãos livres, ainda era
cedo e fui dar umas voltas para clarear a mente; mas a terrível fome me
fustigava a barriga que não parava de roncar. Tomei o rumo da praça para fazer
hora e sentei lá por algum tempo, pensando nos acontecimentos. Tomei mais água,
porque água também é alimento e costuma tapear a fome.
´Às
cinco horas da tarde voltei para a estação para esperar o trem, não queria de
jeito algum ver mais a cara daquela cidade. Jurei nunca mais voltar ali.
Cheguei
na Estação peguei a minha caderneta kilométrica preenchi o trecho de Três
Lagoas à Campo Grande. Esperei abrir a bilheteria para o bilheteiro carimbar o
trecho que iria percorrer. Uff!! Até que enfim. Entreguei a caderneta para o
homem da bilheteria que a carimbou e falou comigo que o trem estava atrasado
quase duas horas. Não! Tudo está contra mim hoje, não é possível. Mas não tive
outro jeito a não ser esperar... esperar...
Sentei-me em
um dos bancos da estação, e por ali fiquei a espera do trem. Geralmente, nas
estações de cidades pequenas, as moças da cidade vão sempre passear lá pela
plataforma, antes do trem chegar, para ver quem parte e quem chega, e até
arranjar um namorado. Éra um costume antigo.
Passaram
por mim três garotas típicas matogrossenses, e uma delas entusiasmou-se comigo, ou achou-me também
engraçado porque a minha cara era de poucos amigos. A minha raiva maior era
pela ignorância de um povo que não se evoluía e continuava naquele atraso de
não comer carne, enquanto os próprios padres católicos comiam bons filés nesse
dia.. Isso é o fim do mundo. Mas eu não queria nada com nada, queria mesmo era
pegar o trem, ficar livre daquela cidade.
Até que o sino
da estação deu duas badaladas que significava partida, ou chegada de trem. Sinal que ele já havia
partido da estação anterior. Dei um
suspiro de alívio e aguardei o trem.
Lá
pelas nove horas da noite chegou o trem; o horário de chegada dele em Campo Grande, agora seria lá pelas nove e
meia, devido ao atraso de duas. Não tem problema, pensei comigo, vou fazer um
lanche bem reforçado no trem, caso eles já não estejam mais servindo jantar
darei um jeitinho com o cozinheiro do trem.
Quando eu
chegar à Campo Grande vou direto ao Hotel Gaspar aonde eu me hospedava sempre.
Lá, enquanto espero pelo almoço, ligo para as empresas aéreas para saber o
horário para Cuiabá e reservar um lugar. O avião gasta duas horas e meia para
ir de Campo Grande à Cuiabá fazendo escala em Corumbá e Cáceres. De forma que, até às cinco horas no máximo já
estarei lá. Como eu já era cliente assíduo das empresas aéreas, eu tinha na
cabeça quase todos horários de avião de Campo Grande para Corumbá e Cuiabá.
Com todas
essas meditações me acalmei um pouco.
Entrei
num vagão que estava mais vazio, ajeitei as malas no bagageiro em cima do banco
que estava vago. Saí quase correndo a caminho do carro restaurante. Falaria
diretamente com o cozinheiro. Cheguei na cozinha, bati numa portinhola e chamei
o cozinheiro.”Faz favor meu chapa”. Ele veio até à portinhola da cozinha e
contei a ele a minha situação. Ele deu um sorriso e respondeu que naquele dia
só serviram almoço e já havia acabado. “Sinto muito, disse ele, a cozinha está
limpa, vamos fazer novo abastecimento só em Campo Grande”. Eu respondi a ele
quase implorando: “o que você tiver ai excluindo peixe eu como, não me importa
mais nada”. Ele então me apontou um rapaz que vendia nos corredores dos carros,
sanduíches, pão com manteiga, café, doces e frutas. “Fale com ele”.
Saí depressa e
fui procurar o “dito cujo”, e o encontrei num dos corredores sentado em um
banco com um cesto na mão. Perguntei a ele o que tinha para vender ele me respondeu que para comer já não tinha mais
nada, tinha só café e estava frio. Disse-me ainda que fora um dia muito feliz,
vendeu tudo o que levou para vender. Sem acreditar, perguntei novamente: “nada
mesmo “Olha, o moço daquele banco ali,
falou mostrando-me com o dedo, devolveu uma maçã para mim porque ela está podre
de um lado, veja: quer levá-la? Paga só a metade do preço”. “Deixe-me ver”. É
minha!
Sai dali e fui
sentar no meu lugar. Ao chegar, avistei um banco com apenas uma garota sentada
nele, pedi licença a ela e perguntei: "há alguém dono deste lugar"? Não! A garota sorriu,
mostrando lindos dentes. Estou viajando sozinha, vou para Campo Grande. “Que
coincidência, também vou pra lá”... Com licença e me acomodei ao seu lado.
Para não fugir
da regra de um primeiro encontro, perguntei seu nome.
Nem sei como
tudo aconteceu, mas a minha fome sumiu misteriosamente depois que sentei ao
lado daquela beldade; nem acreditava que eu passaria a noite com ela sentindo o
seu calor.
Depois de
algum tempo já estávamos de mãos dadas conversando felizes e contentes. Por um milagre, notei que já não mais sentia fome, nem sono.
Já de madrugada ela cochilou com a cabeça em meus ombros. Meu coração passou a bater aceleradamente. Nessas alturas eu já não sabia o que era fome e muito menos sono. Não ia jamais desperdiçar o meu precioso tempo para dar um cochilo.
Já de madrugada ela cochilou com a cabeça em meus ombros. Meu coração passou a bater aceleradamente. Nessas alturas eu já não sabia o que era fome e muito menos sono. Não ia jamais desperdiçar o meu precioso tempo para dar um cochilo.
Passei o final
de semana em Campo grande, e por lá fiquei por mais uma semana, só amando.
Toda a raiva
que senti durante o dia, transformou-se em amor. Só queria amar e nada mais.
“BENDITA
SEXTA-FEIRA SANTA”...
.
Não se trata de ficção. É uma crônica baseada em fatos reais, (O autor)
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