AUSÊNCIA DA PRESENÇA
( Introspecção de poeta)
Luiz Pádua
-- 09/JUL/2015
Caminho por aí como um espectro
Cheio de alegria, sorrisos e canto
Como a tristeza fosse pequena quimera
Olhos tristes escondendo o pranto.
Posso ver o não visto, dando gargalhadas;
Conversar com árvores e xingar destroçados muros.
Rir dos garranchos bestiais, repugnantes, grosseiros
Ouvindo distante fantasmagóricos urros.
Existo entre dois nada, dois mundos hostis
Lançado entre água, selva e melancólica cidade,
Próximo à fama sem nenhuma utilidade.
Inebriado pelo vinho de antigamente,
Tropeço à procura de escuridões suicidas
Gesto que desdobre o infinito da hora pungente.
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