Amei a mulher que nunca vi
Não era real, era um vulto de mulher
Nas minhas limitações construí meu mundo
Não um mundo qualquer, um mundo
Maior que o Universo, e busquei esperança.
Ela é maior que o amor terrestre
De repente é um amor tão grande
Que ele não precisa mais nem morrer
Engulo o tempo sempre a tempo
Sou réu, sou culpado
O veredito é sempre louco fantástico
Fui herdeiro inacabado
De um mundo inacabado
Aprendi vivendo que mulher sempre é vida
Mas um vulto é sempre um vulto
É irreal e mais poético que a própria vida
Foi esse vulto de mulher que tanto amei
Mas lavei meu coração
Para a solidão resistir a longa caminhada
Rumo ao nada
Cresce a tarde e a sombra cresce
A vida passa com o vulto me amando
Passa a tarde, a noite é uma solidão sombria
Que não resisto e paro para morrer.
Luiz Pádua
02 junho 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário