As tiragens de um jornal depende do sensacionalismo da tradição redatorial (tiragem) que deve ser mantida a todo custo.
Assim, o jornalista mitologista está permanentemente à espreita de novos candidatos, examinando credenciais e pensando possibilidades. Quando a colheita de frutos que agradem à sociedade é fraca, ou os leitores estão fartos de serem horrorizados e ultrajados pelos “monstros” em disponibilidade no momento, o fazedor de “monstros”, invariavelmente, é encarregado de produzir imediatamente um novo espécime. Sua habilidade em desempenhar-se dessa tarefa é tão grande que chega-se a acreditar que eles concluíram uma espécie de pacto com o próprio Demo. Mas esse seria o estilo de tratamento antigo, e eles podem ser qualquer coisa, menos antiquados. Na verdade, usando apenas a imaginação e uma vasta quantidade de artifícios, esses jornalistas são capazes de apresentar um produto final que tornaria o próprio Satã rubro de vergonha.
Isso acontece porque se a roupa faz o homem, as palavras fazem o monstro.
Em virtude das leis de imprensa, os “monstros” nunca são definitivamente classificados como espécimes autênticos até que sejam declarados culpados ou insanos.
Diante desses fatores de vida ou morte, a sociedade torna-se um produto de consumo desses profissionais, em vista de que muitas vezes os verdadeiros “monstros” ou assassinos permanecem fora das prisões aperfeiçoando suas habilidades, enquanto outros inocentes estarão enjaulados.
Para tal problema longe estamos de ver uma solução de fato que ofereça à sociedade indefesa, uma real possibilidade de sentir-se livre dos “monstros” para viver em tranqüilidade longe do perigo constante.
Luiz Pádua
20 maio 2010
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