Luiz Pádua
Estava numa profunda espera
De um desejo que se dobrava a cada segundo
Senti a sua presença
Era você, mas eu não a enxergava
Eu suplicava, chorava e me humilhava
Incluo um precipitado rumor
Como, impetuoso, fato lúcido virtual
Calados no veneno da noite
Pusemos as mãos na cabeça a ouvir
Gritos de pavor
Agredimos-nos, machucamos e culpamos todos
Atôa, sem motivo, você não era você
Apenas uma mulher travestida de demônio
Numa diversão demoníaca em ouvir
Meus lamentos.
Acende-se a luz e termina o espetáculo
Mas ninguém bate palmas.
17 maio 2010
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