Meu amor.
As reflexões às vezes nos trazem soluções inesperadas para os problemas que nos afligem. A mente nos alerta do poder de nossas funções fisiológicas em distinguir questões aflitivas, quando o nosso lado direito e esquerdo da mente se encontram em constante atrito.
Ao ponderar uma situação que se nos parecia difícil sobre o nosso amor, devíamos procurar extrair dos tumultos mentais os proveitos necessários para a tranqüilidade da nossa caminhada.
Depois de mais conscientes e reflexivos podemos sustentar que, quando a voz nunca vai ser ouvida é porque já se perdeu no infinito sombrio da solidão. Quando a alma penetra nos labirintos das sombras da estupidez, a voz emudece, os olhos choram, o coração lamenta e a alma passa a vagar tumultuosamente, nas encruzilhadas sombrias de um mundo vazio e desconhecido a procura do nada.
Para existir amor, há que haver a perfeita sintonia entre dois Seres, sabendo que o amor é fluído do coração, ao encontro da sintonia de outro amor que possa completar seus sentimentos; caso isso não aconteça, o seu lamento se perde na escuridão do espaço cósmico sem encontrar o eco de sua voz.
Quando a voz emudece é porque o amor se isola deliberadamente num cantinho do coração ouvindo os lamentos da tristeza da alma a vagar na escuridão de um mundo vazio.
Depois de um raciocínio atípico mudamos na mente a bússola do nosso pensamento sobre o que seria o nosso amor; Por quê? Ora, se o amor está presente nos nossos corações, não há porque se lamentar. Os olhos não podem estar voltados para um futuro incerto, mas sim para o momento que vivemos. Se nos amamos, há que se viver de fato o nosso amor, porque amor é vida e jamais podemos ignorá-lo.
A vida consiste em altos e baixos; Há que haver lucidez necessária para o perfeito equilíbrio, sem se pender para um lado ou para outro.
A vida clama e nos chama para o amor.
Luiz Pádua
15 maio 2010
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