Luiz Pádua
Hoje,a falsidade antecipa-me
Viver sem crer no ser humano
Quero a morte sem compromisso
Para que tudo morra num instante
Movo as mãos: flor morta,
Movo os pés: terra seca
Movo os olhos: um céu repleto de tristeza.
Vivemos de encontros
Confrontos contrastantes
Na base insólida de conquistas
Imaginárias
O dia e a noite: desfecho universal
A vida nos dias e nas noites
Nas atitudes as concepções
Da sinceridade humana: nenhuma.
Natureza, tão bela fêmea
De cem medidas com mudanças
Sem
Ressentimentos
O homem gira na mão da prostituta
As lâmpadas escurecem
E o homem tem medo
Fala, brinca chora e lamenta
E morre na solidão de si mesmo.
Aprendi vivendo
Que poesia é vida
Mas sua vida é rima
E só se torna poética quando morre
Na minha língua um beijo sólido
O tempo passaria em mim sem despedida
Sem me deixar despedir.
16 maio 2010
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