A Justiça tem olhos vendados
Luiz Pádua
A história às vezes nos passa a impressão que deveríamos ver os fora da lei mofando nos presídios mais imundos que se tem notícia. Outras vezes a mesma história mexe com os nossos sentimentos, talvez levando-nos a mudar de idéia por que:
“Nem todos os homens são aquilo que se apresenta ser, e nem todos são aquilo que não se apresentam ser”.
Já assistimos muitos inocentes serem eletrocutados na cadeira elétrica, ou mofarem na prisão, como também já assistimos inúmeros assassinos principalmente “seriais Killer” saírem ilesos sem pagarem pelos seus crimes.
Parafraseando “Chessman”, assim age a Justiça: Ela é a espada da lei para atacar o réu, mas coloca nas mãos do réu um escudo para se defender, não obstante, se sua defesa for falha e não das melhores, fatalmente ele será atingido pela espada da lei.
Se somos assistidos por bons advogados dificilmente seremos alcançados pelas garras da lei mesmo sendo culpados, no entanto, se não tivermos condições de ter os melhores, fatalmente cairemos em suas unhas, mesmo sendo inocentes. Tais erros jurídicos não raros acontecem em nosso meio. Então, se não tiver um bom advogado, esqueça de procurá-la.
Por esse motivo, são poucos aqueles que acreditam na mulher de olhos vendados, porque se acaso precisarmos dela, jamais vamos encontrá-la. Ela dorme, dorme está sempre dormindo ou fingindo que está dormindo; gente pequena e humilde não tem vez com ela. Mas ao chegar alguém de grandes poderes financeiros, ou político, ela acorda, acorda sedenta de justiça, ou... injustiça.
27 abril 2010
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