Legislação Falida e Justiça incompetente
P/Luiz Pádua
A justiça cumpre o seu papel? Não ela não cumpre. Na realidade é um triste malogro. O homem tem consagrado o homem, em seu próprio nome: não de seus deuses ou de seu Deus. Desde que ele passou a viver em sociedade e estabeleceu um padrão de conduta sob autoridade civil; contudo, depois de mais de cinco mil anos de extermínio de seres “diabólicos” (profanos religiosos), de exercer uma teórica sobre os tentados, por meio de uma ameaça de punição capital supostamente estabelecida pelo exemplo dos hebreus, a criminalidade ainda persiste, e como... Assustadoramente, o indício de criminalidade ascende e ascende como o pé de feijão maravilhoso. Assassínio, roubo, estupro e mais recente, os hediondos crimes de pedofilia, que constituem novidade nos dias de hoje e que já se tornaram comuns.
A resposta, na opinião da justiça é óbvia, pelo fato da sociedade não poder erradicar o mal erradicando o homem e pelo fato da justiça e a prisão com trabalhos forçados não terem grandes afinidades: já que fora banida da nossa Constituição Federal a pena de morte. Depois do réu encarcerado não termina ai o problema da sociedade, pelo fato das penas brandas impostas pela nossa lei com o benemérito da justiça. Cumpre notar que mesmo as penas sendo brandas, agregam-se a elas a famigerada “progressão” de pena, quando o réu que praticou crimes hediondos, merecendo por isso pelo menos uma prisão perpetua, deixa a prisão com pouco mais de dois anos de pena cumprida.
Nesse sentido, o criminoso cruel volta a cometer seus crimes com mais perfeição que antes, haja vista que na prisão ele tem tempo suficiente para elaborar seus crimes diabólicos em maior escala e exterminando suas inocentes vítimas. A menos que você presuma fazer da intimidade divina e se convencer que Ele se repudiará quando os nossos legisladores escreverem as leis em seu bendito nome.
Tal comportamento pode ser considerado um tanto excêntrico, no mínimo partindo de quem, de acordo com os afeiçoados à tradição manobra os instrumentos da lei a serviço da sociedade e deles próprios.
Infelizmente, o nosso país vive de política e da política e a nossa esperança de uma modificação drástica nas nossas leis, ainda está muito longe de acontecer.
Que cada um de nós se defenda como puder porque da Justiça e das leis em vigor, nada podemos esperar.
24 abril 2010
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